terça-feira, 9 de maio de 2017

SD252 - 7 Características De Um Gestor De Risco Clínico

Recentemente uma leitora do blog colocou um conjunto de perguntas relacionadas com a sua actividade como Gestora de Risco Clínico (GRC) no hospital onde trabalha.

As questões eram múltiplas e entre-cruzadas pelo que tiveram de ser respondidas com um telefonema. Mas não quero deixar de partilhar aqui a minha visão daquilo que um gestor de risco clínico pode e deve ser numa instituição de saúde.

7 Características de um Gestor De Risco Clínico
  1. O GRC é detentor de experiência clínica reconhecida que lhe permita intervir com base no seu conhecimento e prática clínica, sendo reconhecido pela equipa multidisciplinar;
  2. O GRC procura novo conhecimento, actualizando as suas competências, através da pesquisa, do estudo e da investigação da temática da Segurança do Doente, actuando como formador nesta área para todos os profissionais da instituição;
  3. O GRC promove uma avaliação do risco clínico regular, colabora na elaboração de recomendações para a minimização do risco e monitoriza os planos de acção definidos pelos serviços, numa base anual;
  4. O GRC é responsável pela gestão de um sistema de notificação de incidentes através da análise dos incidentes clínicos ocorridos, definindo a sua gravidade, avaliando as circunstâncias da sua ocorrência e propondo (em parceria com os Serviços) medidas correctivas/preventivas;
  5. O GRC elabora e divulga relatórios trimestrais dos incidentes ocorridos.
  6. O GRC propõe a elaboração e/ou a revisão de procedimentos de modo a obter uma prática segura;
  7. O GRC colabora com o Gestor de Risco Não Clinico na implementação das Politicas de Prevenção e/ou Redução de Riscos.

Não conheço a existência de um documento orientador da DGS sobre esta matéria, o que faz com que cada instituição de saúde construa o seu referencial com base em experiências externas e internas relacionadas com a Segurança do Doente.

A lista proposta é simples, e certamente incompleta, mas contem aspectos chave da actuação do Gestor de Risco Clínico numa instituição de saúde.
Ajuda-nos a criar um Perfil do Gestor de Risco Clínico acrescentando o teu comentário ou sugestão.

Concordas com a lista apresentada? O que achas que falta ou que deva ser alterado?
Esta figura existe na tua instituição? Qual o perfil definido para a sua actuação? Quais as suas competências?

Juntos podemos criar um documento de referência sobre esta matéria.

2 comentários:

  1. Olá
    Talvez acrescentasse a importância do Gestor de Risco Clínico em saber trabalhar em Equipa interdisciplinar, bem como a necessidade de ser também o elo de ligação entre o Sistema Nacional de Notificação e a sua Instituição.

    Cumprs
    Augusto

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    1. Ok.
      Estamos a falar de competências relacionais (trabalho em equipa) e de assumir o elo de ligação com o NOTIFIC@
      Obrigado Augusto

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